Belgique

Nouveau complexe commercial et Administratif des anciens établissements d?Iteren Frères S. A., à Bruxelles Architecte: DPLG René Stapels Assistants: Mme B. Lefevre Feragen, M. Claude Robert-Bardinet, M. Jean-Louis Lemaître, M. Albert Jamar Société d’études:

La Société d’Etudes Verdeyen & Moenaert, pour les fondations, le béton armé et l’ossature métallique de l’infrastructure.

La Construction Soudée S. A., pour l’ossature de la superstructure.

Le Bureau d’Etudes G. Veraart, pour le chauffage et le conditionnement d’air.

Ces nouveaux bâtiments forment un vaste complexe groupant d’une part les services de vente et d'après vente, avec salons d’exposition pour l’ensemble des véhicules représentés par la firme et d’autre part les services administratifs, commerciaux et techniques des diverses activités du groupe.

Conception du projet

1. Un bâtiment à ossature mixte acierbéton d'une part et à poutrelles enrobées préfléchies d’autre part avec planchers en béton armé; ce bâtiment dénommé « infrastructure » est à usage de locaux techniques, de salons d’exposition, d’atelier et de parking. Cette partie couvre une surface d’environ 40 m. sur 150 m.

2. Un bâtiment à ossature métallique préfabriqué et standardisé avec planchers et toiture métalliques qui repose par l’intermédiaire de colonnes métalliques sur l’infrastructure; ce bâtiment dénommé « superstructure » est à usage de bureaux.

L’ossature porteuse est constituée de huit portiques normaux et de quatre portiques en cadre rigide (distance entre portiques = 9.04 m.) Ce bâtiment fermé par quatre façades à mur rideau comporte cinq niveaux ayant en plan les dimensions de 15,82 m. sur 107,35 m.

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Vue extérieure du bâtiment fini.

a) partie inférieure et parking (infrastructure) salles d'exposition et entrée des visiteurs.

b) partie supérieure: superstructure (bureaux)

Etage-type.

Vue intérieure d'un étage du bâtiment métallique (superstructure). Poutres Litzka aux plafonds, permettant le libre passage des tuyaux et câblages. Planchers métalliques en tôle pliée.

Collage d'un aggloméré de copeaux de bois sur les planchers.

Détail montrant la façade et les planchers.

1. Trottoir. — 2. Dalles de verres suspendues. — 3. Câble 0 24 mm. — 4. Rez-de-chaussée Exposition. — 5. Sous-sol Exposition.

Construction de la superstructure métallique (façade rue).

Coupe.

La superstructure.

+ 5,60

Le parking.

- I.«0 - 5,07 - 7.35 - 10,67

L'infrastructure.

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Brasil

A arquitetura brasileira tern suas bases compreendidas na pròpria evoluçào de nossa cultura, desde os primórdios de nossa formaçào, corno também, nos Ultimos tempos, no amalgama das contribuiçôes diversas que têm influenciado nosso desenvolvimento.

Isto significa que desde os tempos do Brasil Colònia — adescobertae a colonizaçào portuguesas — nossa arquitetura tem mantido urna expressào pròpria, definida, e tem sabido aproveitar os avanços da evoluçào tècnica da humanidade para o seu aperfeiçoamento e sua valorizaçào.

Desse modo é que podemos justificar, por exemplo, a importância do racionalismo na arquitetura do mundo ocidental, ocorrido em fins do século XIX e principios do atual, e sua influência na arquitetura brasileira. Assim, através da « saüde plastica » da arquitetura popular portuguesa, que aqui veio pela mào dos mestres e pedreiros, corno explica à fartura Lucio Costa e, também, pela mentalidade do homen surgido nêste pais, é que a nossa arquitetura se desenvolveu e se consolidou.

De tudo isso, soubemos aproveitar o melhor, introduzindo em nossos principios fundamentais arquitetônicos, tudo aquilo que pudesse representar urna cultura autèntica que acabou por dar a essa arquitetura condiçôes particulares de reconhecimento. O sentido atual de nossa arquitetura tem sua interpretaçào, nào nos movimentos europeus, nào nas variadas tendèncias ocorridas nesta època, mas ùnicamente na tradiçào de nosso povo, e na sua pròpria evoluçào, cujo impulso determinante foi dado em seu periodo mais recente pela personalidade maravilhosa de Le Corbusier, que visitou êste pais em 1929 deixando informaçào preciosa, o que foi consolidado decisivamente pela consciência de um Lucio Costa e pela imaginaçào criadora de um Oscar Niemeyer que, por sua vez, estabeleceram as condiçôes esenciais de nossa significativa arquitetura contemporànea.

Os exemplos se repetem dia a dia, e a produçào arquitetônica, apesar de nào ser numerosa — o desenvolvimento do nosso pais, que è ràpido em alguns setores, nào o é no que se référé a habitaçào para a maioria — ai està representando nossa cultura e a capacidade dos arquitetos brasileiros.

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Corn isto, defin imos, presentemente, urna arquitetura que se realiza sob urna tècnica da construçào das mais aperfeiçoadas, dando ela mesma, condiçôes para a imaginaçào trabalhar, fugindo-se muitas vezes, de um funcionalismo estéril, para caracterizar urna atitude arquitetônica de aquilibrio entre o progresso tècnico e a intençào plàstica. A par dessa atividade, os arquitetos brasileiros enfrentam. hoje, no pais em franco desenvolvimento, os problemas da arquitetura corn suas implicaçôes imediatas humanas o sociais, além da arte que ela caracteriza, o que se sintetiza no planejamento integrai, fisico, econòmico, etc., com todas as suas téses complementares para oferecer ao homem brasileiro urna vida digna em seus aglomerados e em suas habitaçôes. E sabem êles que é um imperativo a participaçào ativa do arquiteto, corno profissionai e corno homem, nos problemas que digam respeito à vida na sociedade e que sua responsabilidade torna-se maior e exige grande dose de sacrificio e dedicaçào. Passa o arquiteto a ser um agente direto de urna implantaçào cultural decisiva, nunca isoladamente, mas corno artista Lindamente ligado a tudo o que acontece ao seu redor.

Dessa forma, è que os exemplos que aqui apresentamos da produçào de nossa arquitetura dos ùltimos anos, muito significam, caracterizando sobremodo o que està fazendo o arquiteto brasileiro. Ao Iado de alguns mestres de grande capacidade corno Niemeyer, Reidy (recentemente falecido), Rino Levi (também falecido hà pouco), Mindlin, Jorge Moreira a Vilanova Artigas, ai estào vàrios jovens arquitetos que muito bem representam a atual arquitetura brasileira.

Destacam-se, desde logo, as obras de Brasilia de modo geral e os projetos de Oscar Niemeyer corno o Instituto de Ciências, o Estàdio, a Catedral e o recente Palàcio do Ministério das Relaçôes Exteriores, dentre os quais se nota a pré-fabricaçào na pròpria obra do Instituto de Ciências e o concreto aparente corno urna das déterminantes da arquitetura brasileira de hoje.

Nêsse sentido, também, temos a obra de Vilanova Artigas, um dos mais importantes arquitetos, que tem se apoiado nessa tècnica da construçào, na quai têm se destacado inümeros engenheiros calculistas do concreto armado e que se situam entre os mais avançados do mundo. Ainda, nesta tendência notamos obras de Paulo Mendes da Rocha, Eduardo Alfonso Reidy, Henrique Mindlin e os mais jovens corno Sérgio Ferro, Rodrigo Lefèvre, Telésforo Cristofani, Ruy Ohtake, Ubirajara Ribeiro, Bonilha e Sancovski, etc.

Também, è conveniente destacar a participaçâo do arquiteto brasileiro no campo do desenho industrial, que através dos poucos exemplos apresentados, ja se tem noçào do que se faz a respeito.

Esperamos, através da colaboraçào periòdica nesta famosa revista, poder oferecer ao publico interessado, cada vez mais, um panorama completo da arquitetura brasileira a da atividade de seus arquitetos, que decididamente estào contribuindo para o desenvolvimento de seu pais.

Arq. Eduardo Corona